Francisco Batista de Oliveira, artesão cearense nascido em Senador Pompeu, em 4 de outubro de 1954, marcou sua passagem pelo carnaval
de rua desfilando a partir de 1979 no Maracatu Az de Ouro e posteriormente nos maracatus Nação Baobab e Nação Fortaleza, do qual foi
um dos fundadores e membro da diretoria, atuando como batuqueiro e também responsável pela criação e confecção de figurinos e adereços.
Em sua trajetória de brincante, Chico Batista participou da ala dos índios, passando depois para o batuque, tocando ferro, chocalho e bumbo.
No início da década de 1980 passou a desenhar e confeccionar adereços e alegorias. A partir do ano 2000, por sugestão
do cantor e compositor Calé Alencar, iniciou a criação de calungas representando inicialmente a rainha e em seguida o
figural do maracatu cearense, dando continuidade a esse trabalho com a representação de personagens como Patativa do Assaré,
Cego Oliveira, Muriçoca, Dragão do Mar e a Banda Cabaçal dos Irmãos Aniceto. É de sua autoria o estandarte entregue pela Assembleia
Legislativa na Semana da Consciência Negra do ano de 2001.
As calungas de Chico Batista, confeccionadas com diversos tipos de tecido, madeira, fio de cobre, bonequinhos de plástico, algodão,
durepox e outros materiais, compõem acervos e coleções particulares espalhados por várias cidades do Ceará e do Brasil, incluindo
países como Alemanha, Bélgica, China, Holanda, Itália e França, onde foram expostas em março de 2005, na Cité de La Musique,
por ocasião do Ano do Brasil na França.
Em novembro de 2002, Chico Batista expôs no Centro Cultural Banco do Nordeste Fortaleza e também no Aeroporto Internacional Pinto
Martins, Ceart, Palácio da Abolição, feirinha da praça Murilo Borges, Praça do Ferreira e SESC, sempre com destacada atuação.